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A solidão como fator de adoecimento

Viver só, pelas circunstâncias da vida, quando nos separamos, perdemos um companheiro por morte ou optamos por nunca ter tido um é de livre arbítrio. Podemos perfeitamente viver bem e ter qualidade de vida sozinhos, mas a condição numero 1 é gostarmos de nós próprios, desenvolver um amor verdadeiro pela nossa pessoa e pela convivência em grupo. Não é que não possamos viver sozinhos (as) que necessariamente necessitamos “estar em um relacionamento” para sermos saudáveis.

A alteridade é necessária. A presença do outro nos faz ver com mais clareza e consciência a nós próprios, desenvolve a nossa reflexão e a razão pela qual estamos no mundo. Daí a necessidade dos relacionamentos, sejam amorosos ou sociais.

As pessoas que se obrigam à solidão, se fecham gradativamente, emudecem, deixam de aprender e ensinar através da convivência que não significa necessariamente a perda da privacidade. Parece haver um encolhimento do corpo, e da capacidade reflexiva. Observem os idosos que moram sozinhos com raras visitas dos filhos, netos e amigos. Ele vai silenciando e respondendo por evasivas até se perder num olhar distante, separado do mundo, mesmo sem nenhuma doença que degenere seu cérebro.

Encontrar amigos para ir ao cinema, ao teatro, ver o mar, olhar vitrines, almoçar, fazer um lanche, uma caminhada, celebrar a vida de algum modo é importante para a saúde do corpo, da alma e da mente. Especialmente se os amigos são de longas datas, aqueles que testemunharam fatos da nossa vida que nos poupam de explicações e sabem muito da nossa história.

Geralmente os solitários gastam a maior parte do dia sentados diante da televisão ou se dedicam à leitura, se tornam sedentários, acrescentando mais um fator de risco à saúde.

Pesquisas da Brigham Young University (EUA) constatam que a solidão reduz a expectativa de vida aos níveis equivalentes ao de uma pessoa que fuma 15 cigarros por dia.

As redes sociais funcionam como fator de isolamento. Ao observar os espaços públicos, praças, salas de espera, aeroportos, gente ao redor de uma mesa, as pessoas não interagem, o celular toma-lhes a atenção. Até nas igrejas, a piscadela vez em quando no mundo virtual é constante.

A solidão se tornou uma epidemia. Cuidado! Ela pode ser fatal!

DICA: Procure um amigo que não vê há muito tempo. Marque um encontro. Faça-lhe uma visita. E não leve o celular.

Dra. Erotilde Honório


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