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Deixe a sua Criança ser Criança


Todos nós que temos filhos, desejamos o melhor para eles sempre. Que sejam saudáveis, inteligentes, bonitos, ricos, que tenham sucesso. Nos preocupamos em demasia, e, muitas vezes, metemos os pés pelas mãos para fazê-los competitivos.

Encontro pessoas que estão preparando filhos de dez anos para o ENEM e para o VESTIBULAR com aulas de reforço em redação, para que no momento certo, ele esteja absolutamente preparado para passar no vestibular de uma “carreira duradoura, que lhe garanta o futuro com uma atividade rentável”.

Acho que no papel de mães e pais, todos desejamos que nossos filhos sejam tudo isso que citei acima e que de quebra, sejam felizes. No entanto, exageramos na dose quando atendemos às necessidades criadas pelo mercado, aos apelos da mídia para que nós e os nossos estejamos no topo.

Vale perguntar? No topo de onde? Cada um de nós tem a sua individualidade, o seu querer próprio. Por mais que sejamos induzidos a determinadas profissões rentáveis, tem algo que nos faz vibrar, que fazemos com facilidade, que realizar nós dá muito prazer, independente do rendimento financeiro tido como excelente.

Na educação é preciso o estimulo à competição, ela aumenta o potencial criativo, no entanto, também na educação se faz necessário desenvolver a solidariedade, o sentir com o outro e pelo outro.

Nesse afã competitivo de ter sucesso e de chegar primeiro, essas crianças são informadas que existem crianças que não competem? Que não estão na escola, que não têm pais, não têm teto nem comida. Nada? É preciso que aproximemos nossos filhos do contexto em que eles vivem e no qual vão atuar quando adultos.

Preparamos uma geração para um mundo melhor e um mundo melhor precisa da inclusão social. Um lugar para aqueles que não têm lugar.

A infância precisa de espaço livre para atuar, brincar, vivenciar a natureza e desenvolver o companheirismo, apropriar-se da cultura, conhecer a realidade como ela é, ter voz e vez dentro deste contexto. Uma criança de 5 anos que tem a escola, o Kumon e reforço escolar, que tempo lhe sobra para ser criança? Esse texto partiu dessa realidade.

DICA – Deixe a sua criança ser criança e ela terá chance de ser um adulto saudável.

Dra. Erotilde Honório


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