[Série] Alimentação do bebê - Parte 2
Encontro respaldo nesta afirmação: “...as macromoléculas da dieta materna vão ser absorvidas no TGI (Trato Gastro Intestinal) da mãe e passar para o concepto, causando neste a doença do ciclo enteromamário e colite do leite
materno. As manifestações clinicas vão desde dores, cólicas e constipação intestinal do RN (Recém Nascido) passando pelo refluxo do lactente jovem, até se caracterizarem como colite de leite materno.”( SABRA, p.11, 2015).
Diante da alegação de mães e avós (às vezes, as mais duras de serem convencidas) de que sempre se usou leite animal na alimentação dos filhos, transcrevo uma citação logo na introdução do livro:
“Nestas últimas duas décadas as reações alérgicas aos alimentos resultando em dermatite atópica, asma e anafilaxia, aumentaram na ordem de três a quatro vezes em relação às décadas anteriores.” (SABRA, p 1, 2015).
O autor alerta para outras mudanças ocorridas no meio ambiente pela urbanização e industrialização que reduziu o tempo de amamentação exclusiva, a higienização, o nascimento em hospital, a prática do parto cesariano, (ambiente estéril), que em razão do descanso materno, retarda a
‘descida do leite e leva ao uso da mamadeira de leite animal como primeiro alimento. “Essa mamadeira pode certamente ser chamada de ‘mamadeira assassina’ devido às consequências adversas que traz para o sistema imunológico do recém nascido” (SABRA, p.8, 2015).
O Autor defende o aleitamento materno até os 8 meses de idade, tendo em vista o que ele chama de “janela’ imunológica que deve ser “cuidadosamente utilizada para as adaptações da dieta. ” A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza o uso exclusivo do aleitamento até os 6 meses.
Ainda segundo o Autor as crianças nestas condições e até o primeiro ano de vida não adquiriram o equilíbrio imunológico e daí “reduzem a capacidade de responder às vacinas (vacina contra difteria, tétano, pertússis acelular, pneumocócica e BCG [ bacilo de Calmette-Guérin, vacina contra tuberculose]}, o aumento da suscetibilidade às infecções virais do trato respiratório superior, principalmente as causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e seus subsequentes espectros e o aumento da suscetibilidade à alergia”. (SABRA, p.12, 2015).
São recorrentes as queixas das mães quando da aplicação das vacinas e suas consequentes “reações”.
Uma outra prática lesiva ao recém-nascido é o uso indiscriminado de antiácidos, e bombas antiprotônicas para tratar ao primeiro sinal de cólica e/ou agitação na criança o que se diagnostica de forma apressada e prematura como refluxo gastresofágico.
Continua...
Dra. Erotilde Honório