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A condução do paciente no tratamento homeopático




No consultório recebo muitos casais desgastados e ansiosos com os frequentes adoecimentos de suas crianças. Preocupados com o uso constante de antibióticos e corticoides e a repetição das crises, eles procuram a homeopatia como forma de tratamento. As queixas são basicamente as mesmas. Meu desejo é de colocá-los em um grande auditório e fazer uma consulta coletiva; tão semelhantes são os sintomas.

Não é tão simples assim apenas mudar o medicamento e deixar o antibiótico para os homeopáticos. Além de mudanças na alimentação, é necessário mudar a postura em tratar a saúde e cuidar da doença.

Toda mãe é muito ciosa da saúde de sua cria e, naturalmente, o desejo delas é que seus filhos não adoeçam. Digo-lhes que o médico também tem o desejo de curar seus pacientes o mais rápido possível, livrá-los das queixas que trazem, sanar-lhes o sofrimento. Mas na prática cada organismo tem sua modalidade de reação. Temos sucesso no tratamento, mas não necessariamente de uma forma matemática.


Compreendo que quando os pais chegam à homeopatia já estão cansados e querem resultados rápidos; mas é preciso esperar a reação do organismo, acompanhando com bom senso o desenrolar dos sintomas. A pressa e a ansiedade os fazem querer que após a tomada de um antitérmico a febre cesse e não reapareça. Se reaparece, levam a criança à emergência e, naturalmente, voltam desse atendimento com um antibiótico e um corticoide. Isso os desanima.

Afirmo que a febre, necessariamente, não precisa ceder ao primeiro antitérmico. Ela precisa sim, ser controlada e acompanhada dentro do bom senso; estando atento aos sinais vitais da criança.

Quando se trata do aparelho digestivo, poucos episódios de fezes liquidas podem esperar, e não necessariamente pedem um antibiótico. Quantas vezes verifico que não havia necessidade de uma medicação tão pesada e agressiva para um organismo tão frágil com sintomas perfeitamente controláveis. Ao aplicar mais uma vez o antibiótico, os pais estão apaziguando a ansiedade que os domina e abalando a imunidade da criança. Tratar de forma natural requer calma e moderação. Saber aguardar, com bom senso, a resposta do organismo é um aprendizado.


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