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As crianças, a teimosia dos pais e o leite




Não recordo o contexto que Bertrand Russell fez esta afirmação mas ela é cada vez mais atual. ”Eu tenho visto o mundo afundando cada vez mais profundamente dentro da loucura. Eu tenho visto crueldades, perseguições e superstições avançando cada vez mais. Vejo também que esta loucura e crueldade estão dirigidas aos recém-nascidos nos seus primeiros momentos de vida”.


Recebi ao longo dos 36 anos de médica homeopata pacientes de todas as idades, tendo em vista que a homeopatia é uma especialidade terapêutica. No entanto, a clientela de crianças no primeiro ano de vida é bem maior; especialmente as que já estão frequentando as creches.


Cada vez mais as crianças estão indo para as creches por conta do trabalho das mães. E aí começam as queixas das viroses, encatarramentos, rinites, sinusites e problemas de pele; além da irritabilidade e insônia. Naturalmente, as mães debitam estes eventos ao contato com outras crianças e procuram medicamentos que barrem estes processos. Após dar antibióticos, anti-histamínicos e corticoides (existe um eleito); 99% das crianças já os usou de duas a três vezes no primeiro ano de vida. Por medo dos efeitos colaterais, a homeopatia é acionada na tentativa de resolução dos incômodos do adoecimento.


Digo-lhes com todas as letras que a homeopatia não cura tudo, e nenhum outro medicamento também. O remédio tira o paciente de uma fase aguda, uma crise, para uma situação estável. O que verdadeiramente confere equilíbrio em primeiro lugar é a alimentação. E neste momento a porta de salvação para a família seria o medicamento homeopático.

A família não quer abrir mão do leite; da mamadeira de mingau ao acordar; da vitamina de frutas passada com leite duas a três vezes ao dia e o mingau da noite. Quando consigo convencer-los, as avós boicotam, porque na cabeça delas “criei meus filhos assim e nunca tiveram problemas”. Com certeza apagaram da memória as crises de garganta, as sinusites e duas ou três pneumonias.

A alimentação com o leite animal agride as células do aparelho digestório que por sua vez diminui a imunidade e fazem a repetição dos problemas respiratórios. Tenho exemplos de pais e avós que relutaram e de forma categórica rejeitaram a recomendação da retirada do leite. Vencidos pelos frequentes sintomas digestivos e respiratórios da criança, deslocaram-se para outro estado à procura de um especialista gastroenterologista e voltaram com o mesmo diagnóstico: A RETIRADA POR COMPLETO DO LEITE E DERIVADOS DA DIETA DA CRIANÇA. Em menos de um mês obtiveram o que a teimosia não lhes deixava ver ao longo de quatro anos: o leite animal faz mal!

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